Hoje tem show-lançamento de Tonfil e niver de Lula!

Celebrai, celebrai! Chegou a nossa vez!

Já tínhamos noticiado aqui no Blog Edgard Homem, mas quando o babado é bom, merece bis.

Hoje, quinta-feira, 27, de novembro de 2022, dia do aniversário de Lula, a partir das 20h, na Casa Estação da Luz, que fica em Olinda quero cantar, teremos show de Tonfil.

Talento filho de São José do Egito, Sertão de Pernambuco, Tonfil apresentará Moldura, o seu segundo álbum (primeiro solo).  

Detalhes…

Dirigido e produzido pelo maestro Juliano Holanda, Moldura tem faixa-título de Zeto, poeta, cantor e compositor que foi grande menestrel contemporâneo nos anos 7O a 90 – sertanejo que nem Tonfil que, quando criança, o conheceu.

As 11 faixas do disco são assinadas por gigantes compositores e compositoras de gerações distintas e de grandes diálogos entre si: Anaíra Mahin, Joana Terra,  Isabela Moraes, Ezter Liu, PC Silva, Antonio Marinho, Lula Queiroga, Juliano Holanda, Zeto, Ênio –  O Homem Borba, Gean Ramos, Martins e Marcello Rangel.

Não leve falta que é feio.

Quando?

Hoje, 27 de outubro de 2022.

Horas?

Abertura dos portões às 19h, e show às 20h.  

Quanto?

Ingressos a partir de R$30,00, o social, e R$40,00, a inteira, com meia-entrada para plateia em pé.  Mesas para 4 pessoas: R$250,00.

Onde?

Casa Estação da Luz: Rua Prudente de Morais, 313, Carmo, Olinda tens a paz dos mosteiros da Índia.  

Numa névoa emoldurado.

Fotos: @pinheiromari

Afroecologia: sustentabilidade, feminismo e resistência negra em fotolivro

A fotógrafa Jô Rodrigues, a fonte desse olhar, lançará Afroecologia nesta sexta- feira, 28 de outubro, às 18h, na galeria 180arts – Rua da Guia, 207, Bairro do Recife.

O título é a junção das palavras África e Agroecologia.

O conteúdo é o fruto do registro fotográfico de 2 anos das atividades agroecológicas realizadas no Sítio Ágatha, cidade de Tracunhaém, Mata Norte de Pernambuco.

Jô Rodrigues, que também é escritora, dedica-se a fotografar panoramas naturais e sociais, especialmente através da fotografia documental.

“Agora, através das imagens sua história está documentada e pode ser acessada de forma universal diante das possibilidades de leitura da fotografia. A expressão dos olhares, os detalhes dos objetos ou as paisagens simples do sítio, chamam a atenção em cada registro”, conta ela.

Este é o primeiro livro publicado pela editora Origem Sustentável, surgida a pouco mais de 1 ano no mercado.

Detalhando

O projeto gráfico e a diagramação têm assinatura do jornalista Márcio Scheppa – são 126 páginas e mais de 100 fotografias coloridas. Para Jô Rodrigues, “as imagens nos convidam a participar de uma luta que não pode ser apenas das mulheres do Sítio Ágatha, mas de quem almeja viver em um mundo justo, igualitário e fraternal”.

Adquirindo…

Afroecologia custa R$50,00. 50% do valor arrecadado será repassado para o Sítio Ágatha. Link para compra: https://sacola.pagseguro.uol.com.br/788eef38-8cd3-443e-95a4-c5589537deaf

Uma andorinha só não faz verão…

O fotolivro tem o apoio da FUNDARPE, através do Edital Funcultura 2021.

E mais…

No sábado, 29, haverá momento autógrafo no restaurante Habitat – Avenida Manoel Borba, 339, Boa Vista, Recife, a partir das 11h.

Brasil.
Com arte é melhor.
A capa.
Em frente. Sempre.
Jô Rodrigues. A dona do olhar.

As Bodas de Prata de Antonio Lisboa e Edmilson Ferreira

Os repentistas Antonio Lisboa e Edmilson Ferreira alcançaram um feito inédito na história da cantoria de viola: faz 25 anos que cantam, juntos, por este mundo de meu Deus.  

Feito dessa monta, merece celebração à altura. A dupla fará show em versão estendida: serão 5 horas na companhia dos poetas cantadores Raimundo Caetano, Hipólito Moura, João Lídio e Arlindo Filho. Teremos ainda os emboladores de coco Papagaio Falador e Topo Gigio, o aboiador Zito Alves, o cordelista Raudenio Lima e na declamação, Chico Pedrosa.

 Já pensasse?  

Quando? Onde? Quanto?

Domingo, 16 de outubro, a partir das 17h, no vão externo do Centro Cultural Cais do Sertão. Entrada franca.

Detalhes

Os 2 criaram o projeto 25 Anos 25 Horas de Repente.

O objetivo?

Percorrer as 5 cidades mais significativas para a carreira do duo e nelas promovem 5 horas de cantoria pé de parede. O que totaliza 25 horas de repente.

A festa, que agora chega ao Recife, começou em setembro, lá em Garanhuns, no Agreste. Em 11 de outubro passou pelo Sertão do Pajeú, mais precisamente Itapetim. Mês de novembro, os poetas desembarcarão em Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, onde nasceu Antonio Lisboa e em Várzea Grande, Piauí, terra natal de Edmilson Ferreira.

Dupla da pesada

Recife foi o ponto de convergência artística. Em 1995, os jovens repentistas, que já se conheciam, resolveram morar aqui e formar dupla. E cá desenvolveram-se artisticamente. Encontraram, um no outro, características poéticas semelhantes do ponto de vista performático – construíram harmonia instrumental, rítmica e vocal, criando muitas melodias a quatro mãos.

Contabilizam mais de 300 primeiros lugares em festivais de repentistas por todo o Brasil, com 7 CDs e 5 DVDs gravados, participação em 30 CDs e 18 DVDs, 3 turnês na Europa e o 2º lugar nacional no 2º Festival Nacional Voa Viola (junho/2012) e por aí vai…

Uma andorinha só não faz verão

O projeto 25 Anos 25 Horas de Repente tem apoio do RECENTRO / Prefeitura do Recife e do Centro Cultural Cais do Sertão com incentivo do Funcultura / Fundarpe Governo de Pernambuco.

O Centro Cultural Cais do Sertão fica próximo ao Marco Zero, no Armazém 10 – Av. Alfredo Lisboa, s/n, Bairro do Recife, Recife.

Mais informações: (81) 99760-9444 / 99249-5745.

Tenho a impressão que, um dia, o Nordeste será indepentende.

Foto: Osmar Barbalho.

Cena Interior para tudo em Arcoverde. Serão 10 dias de shows, oficinas, exposição e teatro

O Sertão floresce com o Cena Interior – Festival de Teatro de Grupo de Arcoverde.

Antene-se!

As atividades acontecerão em 6 bairros, haverá apresentações em escolas, abrigos e no Espaço Circulador – a casa de espetáculos da Estação da Cultura. As comunidades de Aldeia Velha e Caraíbas, zona rural da cidade, serão contempladas.

Quando?

De 19 a 28 de agosto.

Perder essa é um destempero!

10 dias de programação gratuita com a participação de 20 coletivos artísticos de 6 estados brasileiros.

São 23 expressões artísticas, entre espetáculos de artes cênicas, shows, oficinas, rodas de partilha e uma exposição que homenageia Rogério Xavier, ator, bailarino e artista visual, membro do Teatro de Retalhos, que se encantou em junho de 2020.

PS: estão previstas atividades com intérprete de Libras.

Cena Interior – Festival de Teatro de Grupo de Arcoverde é uma realização do coletivo cultural Teatro de Retalhos com o incentivo do FUNCULTURA e tem como objetivo retomar a tradição de festivais no município, que nos anos de 1980 estimularam o surgimento de novos grupos e produções.

Na rede de apoio, estão a Secretaria de Cultura de Arcoverde, Marcos Turismo, LW Hotel e, SESC. Estação da Cultura e AVG Entretenimento são parceiros do projeto, que tem a produção do Toró de Ideias.

Cultura é dinheiro vivo, nunca esqueça disso.

Sendo Arcoverde uma cidade polo, o festival irá movimentar a cena cultural de toda a região e, consequentemente, a cadeia produtiva da cultura: rede hoteleira, restaurantes e comércio locais.

Programação:

19/8, Sexta-feira

19h, Abertura – Teatro de Retalhos

20h, Éter – Teatro de Retalhos

21h, Coco das Irmãs Lopes

20/8, Sábado

17h, A Peleja de Severo Para Enganar a Morte, Troupe Espantalho – Praça da Rodoviária

19h, Trupeçando, Palhaço Salsicha – Cohab I

20h30, Boka, O Centro do Mundo, Gabi Benedita – Estação da Cultura

21/8, Domingo

09h, Tempo de Flor, Pé de Vento – Feira do São Cristóvão

9h, Nussoken, Romualdo Freitas – Feira do São Cristóvão.

17h, Caminhos, Palhaço Sequinho – Praça Redonda

20h Mundo, Em busca do coração da terra, Tropa do Balacobaco – Estação da Cultura

Temporadas Circulador

22/8, segunda-feira

14h, Oficina, A minha história, como escrita cênica, Cia Biruta – com intérprete de Libras

19h, Abertura da exposição, Mariposa – Nas asas de Rogério Xavier

23/8, terça-feira

14h, Oficina, A minha história, como escrita cênica, Cia Biruta – com intérprete de Libras

19h, Mesa: Ripa e a produção do interior de Pernambuco – Estação da Cultura

24/8, quarta-feira

14h, Oficina, A minha história, como escrita cênica, Cia Biruta – com intérprete de Libras

9h, Troça da Quiçaça, Riso da Terra – Feira de São Miguel

18h, Mesa: Teatro de Grupo pelo Brasil – Biblioteca do SESC

20h, Coffee Break

20h30, Lançamento do Livro Junto, Júlia Lacerda

21h, Show Propagando, Ju Vieira e Convidados

25/8, quinta-feira

10h, A Flor do Mamulengo, Mamulengo Água de Cacimba – Escola Municipal Manoel Lumba, Povoado de Aldeia Velha

15h30, Madalena, Eu, Madalena, Palhaço Cabelim – Escola Professor Edson Regis

20h, O Primeiro Milagre do Menino Jesus, Grupo Tescom – Estação da Cultura, com intérprete de Libras

26/8, sexta-feira

10h, Le Cirque du Sónois, Ovorini Carpintaria Cênica – Escola Municipal Severina Bradley, Povoado Caraíbas

15h, A Flor do Mamulengo, Mamulengo Água de Cacimba – Abrigo São Vicente

20h, Há uma festa sem começo que não termina com o fim, Grupo Pavilhão da Magnólia – Estação da Cultura, com intérprete de Libras.

27/8, sábado

09h, Ester, Odília Nunes – Feira do Cecora.

17h, Vikings e o Reino Saqueado, Cia. Os Palhaços de Rua – Praça Virginia Guerra

20h, Histórias de um Pano de Roda, Cia Brincantes de Circo – Estação da Cultura, com intérprete de Libras

21h, Coco Trupé de Arcoverde

28/8, Domingo

15h, Le Cirque du Sónois, Ovorini Carpintaria Cênica – Praça Virgínia Guerra

19h, Ópera D’água, Reduto Coletivo – Estação da Cultura, com intérprete de Libras

20h, Encerramento – Teatro de Retalhos

A peleja de Severo – Foto: divulgação
Tropa do Balacobaco – Foto: Kaian Alves

Foto destaque: Nussoken, Romualdo Farias. Foto: divulgação.

Semprenunca fomos modernos – exposição é raio de luz sobre o modernismo pernambucano

“Já passou da hora de o Brasil entender que não existiu ou existe apenas um modernismo no Brasil. E o de Pernambuco é um dos mais contundentes entre eles”, a fala é do jornalista Bruno Albertim, autor do recém-lançado livro Pernambuco Modernista, Cepe Editora.

E o livro desaguou exposição…  

Ele, Maria Eduarda Marques e Maria do Carmo Nino assinam a curadoria da mostra Semprenunca fomos modernos – o abre para convidados é hoje, sexta-feira, 5, das 18h30 às 22h, no Museu do Estado de Pernambuco. Sábado, 6, abre para o público e segue em cartaz até o dia 26 de setembro.

Com mais de 100 obras, do começo do século passado aos dias atuais, a mostra conta a história, consequências e contradições da modernidade e do modernismo em Pernambuco.

Mais que pertinente tudo isso, afinal, 2022 é o ano do centenário da Semana de Arte Moderna / Semana de 22, acontecida entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.

É hora de rever os discursos hegemônicos. E vai ser bom pra todo mundo. Eu tenho certeza disso.

Visitação: de terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados e domingos, das 14h às 17h.

Entrada: R$10,00 a inteira e R$ 5,00 a meia-entrada. Na quarta, o acesso é gratuito.

Mais informações pelo telefone: 81 3184.3170.

E-mail: museu.mepe@gmail.com / Onde fica? Na Avenida Rui Barbosa, 960, Graças, Recife.

Dança contemporânea e o sagrado olindense na CEL

A Casa Estação da Luz, CEL, inaugura hoje, a partir das 19h30, com o espetáculo Sagrada Estação, o projeto Dança é Transformação.

É sobre o poder da dança como instrumento de transformação pessoal e social.

Com curadoria Natália Reis e Bruno Albertim, Dança é Transformação estreia sob a direção do consagrado bailarino e coreógrafo pernambucano Dielson Pessoa.

“Nosso espetáculo Sagrada Estação aborda os sagrados que atravessam Olinda em suas relações com o profano, apresentados a partir dos pontos de vistas da religiosidade afro-brasileira inscritos nos corpos dos dançarinos”, diz Dielson Pessoa. “Com vivências sociais complexas, esses jovens têm no trabalho e no espetáculo a oportunidade de se encontrarem para debater questões da própria identidade, através das religiosidades que atravessam Olinda”.

A convite da CEL, Dielson vem trabalhado, desde outubro passado, com jovens do bairro de Peixinhos, periferia da cidade – conta com a assistência do também diretor e antropólogo Nilo Cabral.

16 estão no elenco de Sagrada Estação.

Com vivências de ritmos populares como como brega-funk, suingueira, passinho e dança africana, jovens que não têm necessariamente uma relação profissional com a dança são agora instigados a refletir sobre ancestralidade, pertencimento e religiosidade em suas comunidades e famílias através do movimento de seus corpos.

Mais sobre Dielson Pessoa

O pernambucano tem 37 anos e um respeitável currículo.

Com 18 anos foi convidado para a Companhia de Dança Deborah Colker – onde ficou de 2002 até 2013 e apresentou-se em grandes palcos do Uruguai, Chile, Argentina, EUA, Itália, Áustria, França, Inglaterra, Alemanha, Singapura…

Por 2 anos, compôs o Balé da Cidade de São Paulo – em 2007, a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) o agraciou com o prêmio de melhor bailarino.

Hoje no Recife, desenvolve seu trabalho por meio de produções de espetáculos solos e com a Cais Cia. de dança, realizando apresentações por todo este Brasil. Suas atuais criações são:  O silêncio e o caos, O Diário das Frutas, O Carnaval de todo Mundo, As Mulheres de Abelardo da Hora e Close.

O bailarino tem uma atenção especial para desenvolver projetos com jovens periféricos que, como ele, criado no bairro de Água Fria, teve a vida transformada pela dança. “Gosto muito de trabalhar com pessoas complexas, até mesmo sem disciplina, para que o processo artístico seja realmente renovador, quando ele reflete a própria indisciplina com a vida, a arte. Dança pode ser de fato transformação”.

Mais…

Som ao vivo do Charque Trio, dos amigos músicos Pedro Vivant (guitarra/voz), Gilberto Bala (percussão/voz), somados às bases eletrônicas e efeitos sonoros do DJ Pauliño Nunes.

Com duração de mais ou menos 1 hora, se divide em dois momentos:

no primeiro ato, aborda as forças dos diferentes Orixás no espaço do terreiro em uma sequência de cenas que reproduz um xirê, iniciado em Exu, seguido por Ogum, Oxóssi, Iansã, Oxum, Xangô, Iemanjá e finalizado com Oxalá.

No segundo ato, as danças sagradas e profanas que compartilham o espaço da rua – cenas de maracatu, afoxé, frevo, brega-funk, côco e ciranda.

Finalizando…

Datas: 5 e 6 de maio, quinta e sexta-feira, respectivamente.

As portas da CEL abrem-se às 18h, com o funcionamento do café La Belle de Jour.

Início do espetáculo: às 19h30.

Ingressos: R$ 20,00.

Informações e ingressos pelo WhatsApp 81 999002498 .

Fica na Rua Prudente de Morais, 313, Carmo, Olinda.

Do que faz Olinda.
A cara da realeza.

Fotos: divulgação.

Diário das Frutas, o livro, é lançado em São Paulo

Não poderei chupar essa manga com o jornalista, antropólogo e escritor Bruno Albertim. Ele está em SP e eu na Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia. Mas, os fluidos positivos desconhecem barreiras e viajam e viajam e viajam…

Enfim…

Diário das Frutas, Crônicas de Bruno Albertim e Pinturas de Tereza Costa Rêgo virá ao mundo nesta quarta-feira, às 19h, na Livraria Patuscada, nº 40, Vila Madalena. Está na Paulicéia Desvairada? Vai conferir.

Abaixo, deliciosa redação escrita por ele e publicada nas redes sociais. Vale a pena ler de novo.   

‘Há dez anos, escrevia crônicas motivado em entender como as frutas da região catalisam uma certa sensualidade antropológica do Nordeste. Do cancioneiro popular, passando pela literatura regionalista a certos ditados sobre como os meninos aprendem a se tornar homens chupando manguitos, esses frutos dizem que, de alguma forma, uma fruta, no Nordeste, jamais deve ser mordida, sempre chupada. 

Publicadas sob incentivo de Raimundo Carreiro no Jornal Literário Pernambuco, aquelas crônicas impressionaram de forma particular a artista e minha grande amiga Tereza Costa Rêgo. “Posso pintar esses textos?”, ela perguntou. Quase caí pra trás quando Tereza, a grande pintora épica e moderna pernambucana, se disse interessada em pintar motivada por textos meus.

Uma brincadeira que culminou na exposição Diário das Frutas. Com produção da Relicário, uma mostra híbrida, no Centro Cultural dos Correios, em que quase oito mil pessoas puderam mastigar as telas de Tereza ouvindo aquelas crônicas gravadas por vozes particularíssimas como as do sempre queridos Márcia Luz, Aninha Nogueira, Leandra Leal, Matheus Nachtergaele, Cafofinho, Xicó Sá e, entre outros, nosso saudoso Emilio Santiago. Agora, um ano depois da partida de Tereza deste plano físico, nosso Diário das Frutas vira livro numa edição tão bem cuidada como lindíssima da editora paulistana Primata. E o primeiro lançamento é justamente nesta quarta, em Sampa. Venham chupar essa manga com conosco’.

PS: pela Editora Primata, 100 páginas, R$ 65,00.

Imagens: divulgação.

He.

Imagens: divulgação.

Tonfil, Bia Marinho e Em Canto e Poesia, frutos do clã Marinho, estrelam a nova edição do Tardes Olindenses

Conhecidos por carregar no DNA a rima e a cantoria do Sertão do Pajeú, herdeiros dos míticos Antônio Marinho e Louro do Pajeú, a Família Marinho representa uma história de mais de 200 anos do repente nordestino.

Chegam à Casa Estação da Luz, CEL, dentro do projeto Tardes Olindenses, com um espetáculo simultaneamente contemporâneo e enraizado numa memória ancestral muito presente.

“Para o espetáculo da Estação da Luz, a família está preparando um momento mágico. Um ápice do que cada um faz em sua trajetória pessoal traduzido pelo escancaramento da coletividade que nos sustenta a todos. É uma mistura do placo com a cozinha da casa de Mãe Nena, da carreira com o ofício, do repertório pensado pra ribalta com o que a gente canta depois dos cafés da tarde que são regra em nossa família. Momentos Bia, momentos Tonfil, momentos Em Canto e Poesia, mas sempre com a presença de todos no palco e na performance, o que traz o clima familiar para a estética também, para além do discurso. Somos família porque nos escolhemos, mas somos antes porque temos o mesmo sangue e isso explica todo o resto. Um show com gosto de sopa, com gosto de café com queijo de cabra, com som de voz de vó ensinando o próximo verso, com visual de móveis antigos sobre os quais santos e velas levam para outros espaços as preces feitas em canto e verso. Músicas que estão no repertório de algum dos três ou dos três e músicas que não estão no repertório de nenhum deles”, situa o poeta e vocalista da banda Em Canto em Poesia, Antônio Marinho.

PS necessário: Em Canto e Poesia é composto Antônio Marinho, Greg Marinho e Miguel Marinho.

A estreia do projeto dentro do projeto

As produtoras Yanê Valença e Natália Reis, que pilotam a nave CEL, decidiram ir além: criaram o projeto Som da Luz que será tocado pelo DJ Incidental – produtor musical, neto de mestre de brinquedo popular e fissurado por tecnologia. E a proposta é mesmo essa, conectar o novo com o antigo. Incidental sonorizar o ambiente com seus sets: leituras e releituras do cancioneiro popular brasileiro com elementos da música moderna.

“Vai ser comum escutar loas dos mestres e mestras em cima de bases eletrônicas que agradam a todos os amantes da nossa música”, antecipa Incidental.

Não se perca

Família Marinho nas Tardes Olindenses da Casa Estação da Luz. Sábado, 2 de abril. Às 15h, abertura das portas para o início dos trabalhos do café & bar La Belle de Jour. Início do show às 17h.

Ingressos: R$60,00 plateia, com meia entrada. Mesa fechada para quatro pessoas: R$ 320,00.

Rua Prudente de Morais, 313, Carmo, Olinda.

Família Marinho: do sertão ao litoral.

Fotos: Mariana Pinheiro.

Violeira Laís de Assis lança Ressemântica – seu 1º álbum solo 

O show acontecerá neste sábado, 5, às 19h, no Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro.

Contará com participações especiais, a é entrada gratuita e, detalhe importante, o disco já está disponível nas principais plataformas digitais. Ou seja, tem que conferir.

E há motivos de sobra para isso…

A jovem violeira pernambucana é a vencedora, nacional, do Prêmio Profissionais da Música 2021 na categoria Violas e Violeiros.

Ela conta que “Ressemântica é um disco envolvido pela essência do feminino ancestral, que se conecta com suas raízes e, ao mesmo tempo, é provocativo e inquieto. O álbum é como uma espiral em movimento onde tento explorar outras sonoridades da viola nordestina, porém preservando o sotaque tão singular dessa linguagem”. São 13 faixas e boa parte das composições e arranjos têm a assinatura da artista.

E quais são @s convidad@s especiais?

Renata Rosa se apresenta na rabeca, Nilsinho Amarante, no trombone, e Yuri Queiroga, que assina a produção musical do disco, na guitarra.

Graça Nascimento, considerada uma das mais viscerais poetisas pernambucanas, também participa. Ao longo do show, Laís de Assis será acompanhada pelos músicos Gilú Amaral, na percussão, e Alex Santana, na tuba.

Como dito acima, os ingressos são gratuitos e, se ligue!, devem ser retirados na bilheteria do teatro 2h antes do início do show. Outra: leve o seu comprovante de vacinação. Vale ressaltar que a disponibilização das entradas está sujeita à lotação do espaço, que comporta até 100 pessoas.

Uma andorinha só não faz verão…

Produção e direção musical de Yuri Queiroga, design e ilustrações de Karina Freitas e produção geral de Naara Santos. A mixagem foi realizada por André Oliveira, no estúdio Muzak, Recife. A masterização é do engenheiro de áudio Homero Lotito, do Reference Mastering Studio, de São Paulo.

O álbum foi financiado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE) do Governo de Pernambuco.

Concluindo:

Quando? Sábado, 5 de janeiro.

Onde? Teatro Marco Camarotti / Sesc Santo Amaro -Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro, Recife.

Horário? Às 19h.

Facebook: https://www.facebook.com/laisdeassisviola/

Instagram: @lais_deassis

Merece a audição. Conclua você.

Foto: Sidarta.

I Congresso Brasileiro de Ecogastronomia. Para muito além do raio gourmetizador

Se você gosta de aprofundar questões, se ligue: as inscrições estão abertas.

O I Congresso Brasileiro de Ecogastronomia será um evento de caráter acadêmico, voltado para estudantes das áreas de gastronomia, nutrição, ciência dos alimentos, agroecologia, agronomia, economia, sociologia e antropologia – oportunidade para apresentar trabalhos científicos e discutir temas relativos à ecogastronomia.

Mas, o que é mesmo isso?

“É uma vertente da gastronomia. Só o nome eco nos remete às responsabilidades e a consciência.

É a união das ciências gastronômicas, nutricionais e da antropologia, que se somam a ecologia, ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade.

Pela ecogastronomia, nós restituimos ao alimento a sua dignidade cultural; valorizamos os biomas brasileiros e os guardiões dos saberes e fazeres culinários tradicionais”, ensina o pernambucano Adilson Santana, cozinheiro e gastrônomo formado pela Faculdade Senac PE e que há 13 anos atua na Paraíba. Abaixo, falaremos mais dele. 

Um basta na padronização dos alimentos

Quando eu era da farra, ouvi um chegado da turma dizer que comida típica do Recife era sushi e crepe. Nunca esqueci. Ele tem toda razão. Aqui é mais fácil traçar um sushi – meia boca em sua grande maioria, do que refestelar-se com uma boa peixada, caldeirada, cozido ou feijoada pernambucana – essa última quase em vias de extinção.

Nada contra o mundo, mas esquecer de si é dar um tiro no pé e cafona até dizer basta. Chique é resgatar as técnicas culinárias tradicionais e os ingredientes que caíram em desuso devido a globalização do jeito de comer.

Mais sobre Adilson Santana

Trabalhou nas diversas áreas da cozinha profissional e atualmente dedica-se a sua escola de gastronomia e agroecologia: ESNP – Escola de Negócios e Profissões. Acompanha e desenvolve projetos em festivais de gastronomia pela Paraíba e é o criador do primeiro curso de ecogastronomia do Brasil (ESNP). Espera que ainda não parou… Adilson é Instrutor de Gastronomia da Unidade Móvel do Senac-PB, Membro da Comunidade Slow Food Parahyba, Membro da Aliança dos Cozinheiros Slow Food Brasil, Especialista em PANC – Plantas Alimentícias Não Convencionais, Pesquisador das Frutas e Frutos Raros dos Biomas Brasileiros, Ativista do Greenpeace e do Slow Food Internacional.

Sobre as inscrições válidas para todo o país e mundo:  

O I Congresso Brasileiro de Ecogastronomia acontecerá de 31 de março a 3 de abril de 2022, na cidade de Areia, Paraíba.

O evento ocorre de forma paralela ao II Festival Gastronômico Sabores da Serra, igualmente em Areia.

Ambos são presenciais, ok? Quer saber mais? Quer se inscrever? Vai no link e resolve a sua vida: https://www.even3.com.br/ecogastronomiabrasil.

Se joga.

Imagens: divulgação.