Já tínhamos noticiado aqui no Blog Edgard Homem, mas quando o babado é bom, merece bis.
Hoje, quinta-feira, 27, de novembro de 2022, dia do aniversário de Lula, a partir das 20h, na Casa Estação da Luz, que fica em Olinda quero cantar, teremos show de Tonfil.
Talento filho de São José do Egito, Sertão de Pernambuco, Tonfil apresentará Moldura, o seu segundo álbum (primeiro solo).
Detalhes…
Dirigido e produzido pelo maestro Juliano Holanda, Moldura tem faixa-título de Zeto, poeta, cantor e compositor que foi grande menestrel contemporâneo nos anos 7O a 90 – sertanejo que nem Tonfil que, quando criança, o conheceu.
As 11 faixas do disco são assinadas por gigantes compositores e compositoras de gerações distintas e de grandes diálogos entre si: Anaíra Mahin, Joana Terra, Isabela Moraes, Ezter Liu, PC Silva, Antonio Marinho, Lula Queiroga, Juliano Holanda, Zeto, Ênio – O Homem Borba, Gean Ramos, Martins e Marcello Rangel.
Não leve falta que é feio.
Quando?
Hoje, 27 de outubro de 2022.
Horas?
Abertura dos portões às 19h, e show às 20h.
Quanto?
Ingressos a partir de R$30,00, o social, e R$40,00, a inteira, com meia-entrada para plateia em pé. Mesas para 4 pessoas: R$250,00.
Onde?
Casa Estação da Luz: Rua Prudente de Morais, 313, Carmo, Olinda tens a paz dos mosteiros da Índia.
A fotógrafa Jô Rodrigues, a fonte desse olhar, lançará Afroecologia nesta sexta- feira, 28 de outubro, às 18h, na galeria 180arts – Rua da Guia, 207, Bairro do Recife.
O título é a junção das palavras África e Agroecologia.
O conteúdo é o fruto do registro fotográfico de 2 anos das atividades agroecológicas realizadas no Sítio Ágatha, cidade de Tracunhaém, Mata Norte de Pernambuco.
Jô Rodrigues, que também é escritora, dedica-se a fotografar panoramas naturais e sociais, especialmente através da fotografia documental.
“Agora, através das imagens sua história está documentada e pode ser acessada de forma universal diante das possibilidades de leitura da fotografia. A expressão dos olhares, os detalhes dos objetos ou as paisagens simples do sítio, chamam a atenção em cada registro”, conta ela.
Este é o primeiro livro publicado pela editora Origem Sustentável, surgida a pouco mais de 1 ano no mercado.
Detalhando
O projeto gráfico e a diagramação têm assinatura do jornalista Márcio Scheppa – são 126 páginas e mais de 100 fotografias coloridas. Para Jô Rodrigues, “as imagens nos convidam a participar de uma luta que não pode ser apenas das mulheres do Sítio Ágatha, mas de quem almeja viver em um mundo justo, igualitário e fraternal”.
Ronaldo Fraga é estilista, brasileiro de Minas Gerais, nascido em 27 de outubro de 1967 – o ano da Cabra, 8º signo do horóscopo chinês.
Libidinagem é uma palavra recorrente em suas falas e, talvez por isso, ele tenha desejado e decidido comemorar os seus 55 anos no Cabaré da Rosa.
Se não sabe, fique sabendo que o Cabaré da Rosa é uma festa criada em comum acordo com a cozinheira e cantora Rosa Maria, mulher que se eu não conhecesse, eu diria que era filha de Maria Bonita e Lampião.
Rosa administra, hoje, o quase secular Hotel Central, primeiro arranha-céu do Recife, onde também funciona o Tempero de Rosa, restaurante de comida pernambucana.
O Cabaré da Rosa está em sua 3ª edição e tem tudo para bombar ainda mais. Por quê? Por conta dos tempos, eu respondo.
É um encontro físico, libidinoso e necessário, de pessoas que acreditam na colaboração como forma de trabalho, nas artes como ferramenta de questionamento e embevecimento, na transformação pela educação, na religião do amor e por aí vai – sem perfeccionismos, abraçar um dos tópicos já está valendo.
A música é de zona e tem que vir na fantasia: ‘Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia’, seja Frenética. Rosa Maria vai cantar e Isadora Melo também.
Comidinhas & bebidinhas na canela: a festa será de celebração e acolhimento.
Quando?
6 de novembro, um domingo, a partir das 17h.
Onde?
No Hotel Central – Avenida Manoel Borba, 209, Boa Vista, Recife tem encantos mil.
Quanto?
R$80,00 por pessoa.
Reservas pelo PIX: 81 99774.3428.
Socialismo é dar as mãos. O resto é bicho-papão: acende a luz que o monstro se desfaz.
A pernambucana Refazenda, empresa de moda potente e original, está lançando seu novo braço negócios em parceria com a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco: a Livre Com Texto.
A proposta é convidar ilustradores e artistas plásticos que para criar estampas inspiradas em livros e poemas de autores que admiram.
Bacana, não?
E a primeira coleção tem ecobags, echarpes, panôs, bandeiras e cangas criadas pelo ilustrador paulista Wladmir Piatniczka – ele trabalhou em cima do conto A Cartomante, de Machado de Assis, e pela ilustradora pernambucana, Rafaella D’Oliveira – ela inspirou-se no romance O Cortiço, de Aluízio Azevedo.
Fazendo jus a história da Refazenda, todo o processo de confecção prioriza o modo sustentabilidade – o desafio é não gerar resíduos, é utilizar matérias-primas naturais.
E o próximo da lista é o paraibano Jeims Duarte, artista que bebeu na fonte do poeta Miró da Muribeca, que recentemente partiu para o mundo espiritual. Antes do até logo, Miró autorizou, com muita satisfação, o uso da sua obra.
O lançamento da Livre Com Texto está acontecendo agora, começou às 18h de hoje, sexta-feira, 21 de outubro, na Livraria da Praça, na Praça de Casa Forte.
Só para convidados…
Mas, não se avexe não. A partir de amanhã, sábado, 22/10, as peças estarão à venda na própria livraria, nas lojas da Refazenda e no portal da Bienal PE, o E-Bienal.
“É uma coleção muito especial e exclusiva. Para deixar as pessoas com água na boca mesmo, são pouquíssimos itens que estamos produzindo”, diz Magna Coeli, fundadora da Refazenda.
Segundo ela, a participação da Bienal, além de fortalecer a curadoria, promove o relacionamento com autores/espólio assessorando nas questões de direitos autorais.
Negócio bom mesmo é desfilar por aí… Arrasani que nem Carli Rosa, a modelo das fotos tiradas por Anderson George.
‘Minha pedra é a ametista, minha cor o amarelo, mas sou sincero…’. Quem lembra da música?
Agora, no pescoço.
Símbolos amigos têm o poder de revelar e enfeitar.
Patricia Marx e Wado, artistas que cantam e compõe, estão lançando hoje, 21 de outubro de 2022, em todas as plataformas digitais, o single Vozes Trans – o primeiro de um álbum colaborativo dos artistas a vir ao mundo pelo selo LAB 344.
Composição inédita de Wado & Vitor Peixoto, Vozes Trans vai no contrafluxo da heteronormatividade da sociedade patriarcal e machista. Clama pelas liberdades, pelos direitos sociais e denuncia a precarização nas vidas de pessoas trans.
A faixa tem produção assinada por Wado, com base gravada em Maceió por Vitor Peixoto (violão), Igor Peixoto (baixo), Rodrigo Sarmento (bateria) e Dinho Zampier (teclados). Patricia Marx registrou seus vocais em São Paulo, captados por Fabio Hataka, e Jair Donato mixou e masterizou.
Um pouco mais sobre…
Patricia Marx já lançou 13 álbuns solo, tem mais de 3 milhões de álbuns vendidos e acumula milhões de streams.
Wado tem 12 álbuns de estúdio. Entre seus parceiros, estão nomes como Chico César, Marcelo Camelo, Zeca Baleiro, MOMO e Mallu Magalhães.
Vozes Trans – Wado / Vitor Peixoto
Os nós das mãos
As vozes trans
As drogas que a gente gosta
Os nãos dos sãos
Esperanças vãs
Os nudes que a gente troca
Os nós das mãos
As vozes trans
As drogas que a gente gosta
Os nãos dos sãos
Esperanças vãs
Os nudes que a gente posta
Me encosta nos cantinhos
E tange os meus caminhos
E olha que eu não sei lidar
Com este encosto seu,
Gosto seu
Vozes Trans. A natureza transmuta. É nossa vocação.
Patrícia, eu não lhe conheço in loco, mas sempre lhe achei um luxo.
Wado, acabo de lhe descobrir e o luxo é imenso. Bom demais.
Pernambucano, pintor, escultor, ceramista e vitralista, chega ele ao meio século de arte.
E um feito dessa envergadura, merece celebração. Sua obra será exposta na Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu, de hoje, 20 de outubro de 2022, até 15 de janeiro de 2023, de quarta a domingo, das 15h às 19h, e o acesso é gratuito.
O nome da exposição?
50 Anos Ferreira de Arte.
Mais sobre…
Em mostra, mais de 200 trabalhos que expõem suas múltiplas facetas e 6 períodos estilísticos trazidos pelas séries: Naif, Eu e os Mestres, Cerâmicas, Satye, Abstrata e Amazônia.
Homem de muitos amigos, Ferreira já foi jogador futebol.
Começou a pintar a pedido do pai adoecido que via, com carinho preocupado, que o filho dedicava muito tempo da vida dele a ele… Então, orientou Ferreira a comprar uma tela e tintas para pintar e assim passar o tempo.
Ferreira acolheu o pedido. Ferreira tornou-se artista. Vai lá entender a linguagem da vida…
Morou e expôs na França.
Mantém ateliê no bairro de Campo Grande, onde reside com a mulher Flora Lima. O espaço abriga um rico acervo com telas, painéis, esculturas em cerâmica e ferro, louças em cerâmica, camisas e sandálias.
Uma andorinha só não faz verão
O projeto cultural foi viabilizado pelo Sistema de Incentivo à Cultura da Cidade do Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura da Cidade do Recife e Prefeitura do Recife.
No apoio cultural: Uninassau e Galeria Janete Costa.
Realização: Métron Produções.
Se ligue no serviço completo!
Abertura?
Hoje, quinta-feira, 20 de outubro de 2022, às19h.
Visitação?
De 21 de outubro de 2022 a 15 de janeiro de 2022. De quarta a domingo,15h às 19h.
Antene-se!: @s selecionad@s receberão R$ 3.500,00 para participar da oficina de muralismo + intervenção artística em Triunfo, simpática cidade do Sertão de Pernambuco. A previsão é que o movimento aconteça entre 16 e 23 dezembro de 2022.
Esta é a primeira edição do projeto Triunfo Mural – Vivência no Alto. 3 artistas visuais serão escolhid@s. As inscrições foram abertas dia 17 e seguem até 31 de outubro pelo formulário disponível no site instagram.com/triunfomural.
Deu pra ti? Se joga! Porque quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Uma andorinha só não faz verão
Ação financiada pelo Funcultura e coordenada pelo artista visual Zinid.
As intervenções somarão mais de 400m² em fachadas de casas e escadarias do Bairro do Alto da Boa Vista.
Deve-se dizer quer: 2 vagas destinam-se aos artistas do Sertão, Agreste e Zona da Mata.
Outras informações pelo (87) 981166948 ou pelo e-mail: triunfomural@gmail.com
Primeiro e único duo de percussão de Pernambuco, criado há 6 anos, o Repercuti apresentará no dia 18 de outubro, no Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro, o show do disco de estreia: O Som das Baquetas.
Formado por Emerson Coelho e Emerson Rodrigues – mais conhecido por Pequeno, o Repercuti faz 1 trabalho pioneiro na música instrumental, propondo o diálogo entre a percussão sinfônica e os instrumentos afro-brasileiros.
Uma andorinha só não faz verão
Saiba que O Som das Baquetas tem apoio do Rumos Itaú Cultural (2019-2020) e que os ingressos estão à venda na Sympla.
Quanto? R$10,00.
Mais sobre
Recém-disponibilizado nas plataformas digitais, mais precisamente em 10/10, O Som das Baquetas reúne 6 composições dos pernambucanos Amaro Freitas, Beto Hortis, César Michiles, Henrique Abino e Laís de Assis, além do próprio Repercuti.
A direção geral é do baiano Aquim Sacramento, UFBA, e a produção é de Tainá Menezes. A Zarina Moda Afro faz o styling.
‘Recebemos a proposta do Rumos Itaú para mudar o projeto inicial, que era de circulação, para o de gravação de um álbum. Nosso desejo era o de lançar obras inéditas de compositores locais e ter uma equipe com a maioria de pessoas pretas no projeto’, conta Emerson Coelho.
Pequeno fala da importância de fazer um trabalho autoral no cenário desafiador da música no Brasil. ‘É um projeto que permite que a gente faça do jeito que sempre quis; que nos coloquemos no lugar de criadores, dando a nossa identidade e, quem sabe, inspirando outros percussionistas’.
Sobre o disco
‘Priorizamos compositores que fazem música instrumental com excelência. Optamos por deixá-los livres, apenas falamos os instrumentos que tocamos. Eles escolheram o caminho estético a seguir’, diz Coelho.
O disco abre com a homônima O Som das Baquetas (Ihin Orun), concepção do duo. Eles atacaram de vibrafone, agogô triplo, cowbell, marimba, bongô e china. Ihin Orun significa o som do ferro. Ouça abaixo.
A segunda faixa é Chick Corea Forever, homenagem de Amaro Freitas ao também pianista norte-americano Chick Corea – foi lançada como single. Teaser abaixo.
O acordeonista Beto Hortis, um dos mais respeitados do País, grifa Chorinho Bom, onde une choro & samba.
Pakiparabaki, é de Henrique Albino. Trata-se da peça mais longa – passa dos 9 minutos e tem o maior número de instrumentos: marimba, vibrafone, alfaia, caixa, chimbal, prato e um ilu, este último, típico do xangô pernambucano.
A mais intimista do disco, isso dito pelos integrantes, é Anjo Negro, de César Michiles – exímio flautista, construiu a carreira entre o frevo e os shows com Naná Vasconcelos. Agora, está à frente da Transversal Frevo Orquestra.
Nó de Imbuia é de Laís de Assis. Os 2 integrantes executaram a marimba, tocaram com mãos entrelaçadas, braços sobrepostos e, ainda, Coelho no tambor falante. O nome deriva da madeira nobre com a qual é confeccionada a viola, instrumento maior de Laís.
Reforçando:
Show de lançamento de O Som das Baquetas – Repercuti.
Quando e onde? Terça-feira, 18/10, às 19h30, no Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro.
Quanto? R$10,00 pelo Sympla.
Antene-se! O Sesc Santo Amaro fica Praça do Campo Santo, 1-101, Santo Amaro, Recife. Ligue (81) 3216-1713.
Os repentistas Antonio Lisboa e Edmilson Ferreira alcançaram um feito inédito na história da cantoria de viola: faz 25 anos que cantam, juntos, por este mundo de meu Deus.
Feito dessa monta, merece celebração à altura. A dupla fará show em versão estendida: serão 5 horas na companhia dos poetas cantadores Raimundo Caetano, Hipólito Moura, João Lídio e Arlindo Filho. Teremos ainda os emboladores de coco Papagaio Falador e Topo Gigio, o aboiador Zito Alves, o cordelista Raudenio Lima e na declamação, Chico Pedrosa.
Já pensasse?
Quando? Onde? Quanto?
Domingo, 16 de outubro, a partir das 17h, no vão externo do Centro Cultural Cais do Sertão. Entrada franca.
Detalhes
Os 2 criaram o projeto 25 Anos 25 Horas de Repente.
O objetivo?
Percorrer as 5 cidades mais significativas para a carreira do duo e nelas promovem 5 horas de cantoria pé de parede. O que totaliza 25 horas de repente.
A festa, que agora chega ao Recife, começou em setembro, lá em Garanhuns, no Agreste. Em 11 de outubro passou pelo Sertão do Pajeú, mais precisamente Itapetim. Mês de novembro, os poetas desembarcarão em Marcelino Vieira, Rio Grande do Norte, onde nasceu Antonio Lisboa e em Várzea Grande, Piauí, terra natal de Edmilson Ferreira.
Dupla da pesada
Recife foi o ponto de convergência artística. Em 1995, os jovens repentistas, que já se conheciam, resolveram morar aqui e formar dupla. E cá desenvolveram-se artisticamente. Encontraram, um no outro, características poéticas semelhantes do ponto de vista performático – construíram harmonia instrumental, rítmica e vocal, criando muitas melodias a quatro mãos.
Contabilizam mais de 300 primeiros lugares em festivais de repentistas por todo o Brasil, com 7 CDs e 5 DVDs gravados, participação em 30 CDs e 18 DVDs, 3 turnês na Europa e o 2º lugar nacional no 2º Festival Nacional Voa Viola (junho/2012) e por aí vai…
Uma andorinha só não faz verão
O projeto 25 Anos 25 Horas de Repente tem apoio do RECENTRO / Prefeitura do Recife e do Centro Cultural Cais do Sertão com incentivo do Funcultura / Fundarpe Governo de Pernambuco.
O Centro Cultural Cais do Sertão fica próximo ao Marco Zero, no Armazém 10 – Av. Alfredo Lisboa, s/n, Bairro do Recife, Recife.
Mais informações: (81) 99760-9444 / 99249-5745.
Tenho a impressão que, um dia, o Nordeste será indepentende.
Professor titular da Departamento de Educação da UFRPE, com 40 anos de casa – diga-se de passagem, Angelo Brás Callou fez do limão uma limonada. No tempo vago trazido pelo isolamento social, ele escolheu produzir, desengavetar projetos, concluir pendências.
Uma pandemia de lições, essa do covid-19…. Mas, sejamos pragmáticos, vamos aos frutos:
– O livro Kalu, escritos em companhia compila textos, notas e crônicas sobre teatro, cinema, cotidiano, viagens e memórias, publicados no perfil do autor no Facebook, em blogs jornalísticos, prefácios e orelhas de livro. Ainda há a presença, em menor escala, de textos acadêmicos até então não divulgados.
“O melhor amigo do homem, Kalu, meu cachorro de estimação, ficou ao meu lado, enquanto escrevia no celular. Daí o título do livro, uma homenagem a sua fiel companhia”.
“É uma tentativa de conter os textos do universo fluido das redes sociais, onde foram originalmente publicados”, diz ainda.
– O livro A Voz do Mar é resultado da sua tese doutorado no campo da comunicação e história, defendida em 1994, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), aprovada com nota 10 e distinção.
“Trato das estratégias de comunicação da Marinha de Guerra para organizar os pescadores brasileiros em Colônias de Pesca. Alguns resultados foram nefastos e ainda persistem na vida dessas comunidades tradicionais”.
“A Marinha atrapalhou muito a organização dos pescadores artesanais durante o século XX, dada a sua ingerência tuteladora nas Colônias de Pesca. Foi preciso a atuação do Conselho Pastoral dos Pescadores, ligado a CNBB, criado em 1968, em plena ditadura militar, para que mulheres e homens da pesca começassem a refletir criticamente sobre a sua realidade social e política. Os avanços políticos são impressionantes a partir daí”, arremata.
– O blog CyberExtensão foi outra ocupação na pandemia. O professor Brás escaneou, até o momento, cerca de 4 mil folhas do seu acervo de documentos históricos – jornais, revistas, cartas, panfletos e livros, relacionados à pesca artesanal e áreas afins. Lá estão também livros no campo da pesca, da extensão rural e da comunicação para o desenvolvimento.
“O objetivo maior do blog é ser um repositório de estudos e opiniões no campo da pesca artesanal, da extensão pesqueira e extensão rural (disciplinas das Ciências Agrárias), na sua interface com a comunicação”, conclui.
O lançamento de Kalu, escritos em companhia, A Voz do Mar e do CyberExtensão é organizado pela Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Cidadania (Proexc) e Departamento de Educação da UFRPE, além da Associação dos Docentes (Aduferpe).
Todo o valor arrecadado com as vendas, reverterá para o projeto Ruralinda Solidária, que apoia, com diversas ações, as populações mais vulneráveis de Pernambuco. O pagamento será feito diretamente para o PIX ruralindasolidaria@gmail.com.
PS: o docente ilustra os exemplares e o blog com pinturas feitas por ele mesmo.
Serviço
Do que se trata: do lançamento dos livros Kalu, escritos em companhia, A Voz do Mar e do blog CyberExtensão, de Angelo Brás Fernandes Callou.
Quando? Sábado, 15 de outubro de 2022, às 18h.
Quanto: Kalu, escritos em companhia – FASA, 291 páginas, R$ 30,00 / A Voz do Mar – FASA, 316 páginas, R$ 50,00.
Onde? O Poço das Artes fica na Rua Álvaro Macedo, 54, Poço da Panela, Recife.
O talento é grande feito o nome. São de Angelo as aquarelas que ilustram a publicação.
Blog Edgard Homem 